sábado, 27 de março de 2010
Irmãos Humberto e Gilberto Rufino
Desembargador Edson Mendes de Oliveira e esposa, casal Humberto Rufino e Rossana Gianni no AutoMuseu Celeiro
O colecionador e parceiro Humberto Rufino em uma tarde no AutoMuseu Celeiro
terça-feira, 23 de março de 2010
Jesus Ybarzo Martinez - Willys Overland do Brasil S.A.
Em uma ensolarda tarde de fevereiro de 2010 recebo a visita de dois garotos no AutoMuseu Celeiro, Parada Ferretti ( www.paradaferretti.com.br ), o que nos aproximaria além do interesse dos garotos em carros antigos, é um deles, o Victor ser neto do Sr. Jesus Ybarzo Martinez, que se consagrou também como Assistente de Superintendência da Willys Overland do Brasil S. A. Divisão Carros Esporte.
Victor se despede dizendo-me que seu avô virá para nos conhecermos e foi o que ocorreu...
Na ensolarada e bela manhã de sábado, dia 6 de fevereiro, conheço o Sr. Jesus, homem pacato, simpático, carismático, inteligentíssimo, cheio de vida e energia, aos seus 83 anos de idade, numa lucidez tremenda! Logo nos tornamos muito bons amigos e combinamos que escreveria sobre sua vida, que, diga-se de passagem, é riquíssima em detalhes sobre automóveis e motocicletas.
Como poderemos conferir neste e nos próximos posts.
Nasceu na cidade de Zaragoza-Espanha em 07 dezembro de 1926.
Aos 15 anos foi trabalhar na oficina mecânica de seu tio Donata Pola em Zaragoza, com quem aprendeu sobre mecânica (lembrando que a Guerra Civil Espanhola havia acabado, mas continuava a Grande Guerra Mundial).
Seu tio adquiria através dos leilões que o governo realizava os carros abandonados durante a Guerra Civil e aproveitava as peças e partes, adaptando-as de uma marca para outra.
Com seu tio também aprendeu a funilaria de várias marcas junto com a mecânica.
Aos 19 anos foi para o exército servindo por 2 anos. No exército foi alocado nas oficinas de manutenção que era regimento independente: carros de combate, blindados, motocicletas, carros turismo, caminhões.
Trabalhando cursou para obter a Carteira de Motorista de Veículos Militares.
Ao ser dispensado do exército abriu sua primeira oficina mecânica em Zaragoza, onde trabalhou dos 21 aos 25 anos de idade.
Casou-se aos 25 anos com Sra. Rosa Benito vindo para o Brasil como emigrante, desembarcou no porto de Santos-SP.
1951 Conheceu Edgar Soares.
1952 Ao ler anúncio de jornal que a Sociedade Japonesa (Sociedade Comercial ARPAGRAL) estava contratando pessoal especializado. Empresa montada para montagem do caminhão Toyota. Exercendo cargo de Encarregado Geral: montagem e acabamento dos caminhões.
1954 Em um sábado encontrou-se com Edgar Soares e foi em um treino em Interlagos e, desta amizade tornou-se também mecânico por 4 anos na oficina de Edgar que era especializada em motocicletas.
Trabalhando de 1954 a 1958/59.
Lembrando que se comemorava os 400 anos de fundação da cidade de São Paulo em fevereiro de 1954, com a La Temporada Internacional de Motociclismo em Interlagos e com participação de Edgar Soares.
1959 Jesus Ybarzo Martinez e José Henn (brasileiro de descendência alemã) - outro grande amigo que partiu, lembra Sr. Ybarzo - juntos trabalharam na oficina de funilaria e pintura. E mais tarde ambos vão formar a equipe da Willys Overland do Brasil.
1959/60 Willys Overland do Brasil começam a fabricar o Aero Willys, na cidade de São Bernardo do Campo-SP.
1962/63 A fabricação do Interlagos iniciou em São Paulo a rua Barão de Ladário. Sob a supervisão de Christian Hein que veio a falecer nas 24 horas de Le Mans.
Em 1964 A fábrica foi transferida para Santo Amaro-SP em Interlagos.
1966 Sr. Jesus Ybarzo Martinez assume a fabricação do Interlagos na sede da nova fábrica em Interlagos. Junto com a nova equipe tendo como gerente Emil Schmidt – ‘grande homem’, recorda Martinez.
Equipe esta formada por:
Superintendência: Emil Schmidt
Assistente de Superintendência: Jesus Ybarzo Martinez
Engenheiro: Wolnei Rodrigues
Poliéster e Pintura: Jorge Saiton
Chassis: Diego Picazzos
Mecânica: Miguel Angel Sanquillo
Tapeçaria e Acabamento: Antonio Valgañon
Acabamento: Rubens Capucci
Entre outros colegas.
* Da época de Christian Hein até 1966 foram fabricados em torno 822 unidades.
O que mudou no Protótipo Interlagos 1966
Dianteira:
Toda modificada, faróis retangulares, grade dianteira com entrada para radiador em estilo “V” seguindo a tendência da Willys Overland
- aumentada altura do pára-brisas e vidros,
- pára-choques
Interna:
- painel em jacarandá e instrumentos individuais:
relógio – velocímetro – conta-giros – óleo – gasolina – temperatura
- volante em alumínio e jacarandá e altura escamoteável em 3 posições
- novo desenho dos bancos em couro
- mais espaço interno, com um banco atrás do motorista e do acompanhante, ou seja, um 2+2
Foi modificado: Pára-choques, lanternas, capô com aerofólio
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